eu mundo


Edmundo foi diagnosticado                                  entre eu e o mundo:

ausência de choque                                               Confusão das categorias-mundo

entre ele e o mundo:                                             indiferença da cisão-mundo,

O poema, diagnosticado                                       dumenou poeminha, dominou

ausência de choque                                               e saiu pela porta do fundo

. . .

O DETORNO*

* prosa de circustância para Daniela Leite a Conselheira Amorosa


Ai, dor... quero a cenografia do acaso sobre a tragédia escrita; a chave insolúvel-dissolúvel para o diletantismo; a comédia homérica perdida (não a Penélope de urdidura a ódio-de-si em vigília por Odisseu); perder esquecer esquecer esquecer e dar — como eu dava — pra todos pretendentes: ai, prazer... sempre difícil distinguir.

. . .

O SONO DA RAZÃO


Nesse verso oculto

prescrevi a Rede Globo

pra quem sabe um dia

conceber nomes

que soam remédios

como a comunhão

de novelas globais

. . .

GESTUÁRIO


1.

Subiram com balões.

Surgiram com drones de alcance

mais alto, ao maior mar,

menos com a não mais precisa

mas necessária

máquina de aprofundar ao como se dá

o descanso dos siris:


se, na morada em que se escondem,

trocam afetos,

se é fria (aproximam), se é escura

— se sentiríamos ali a mesma

melancolia devida ao mar

que sentimos por cima da areia,

obrigados a escutá-lo

sem afinação.


Nunca um siri retorna pelo mesmo buraco em que entrou fugindo de nós

ela diz,

e nem vemos se por outro qualquer.


Acha que a areia é a quitina

triturada pelos pés;

e não sossega na canga

diante de uma demolição

como essa.


Não adiantam retroescavadeiras.

Arrancado todo o conteúdo da orla

os pegaríamos de surpresa,

desmantelaríamos a forma,

para ficar com uns dois

três inválidos sem escapar:

sem reter seu segredo.


Então com a voz marejada

ressurgem, eu sinto, já por debaixo d'água

e eu lamento

pelo egoísmo

pela teimosia pela inconsciência

e detesto o som permanente.


2.

*
Aqui, a matéria é quente e não a suportam aspirações germânicas, em dimensões miúdas, do castelo feito por quem o sorveteiro ignora, porque, oferecendo o frio, o sorveteiro busca e explora as expectativas de dois, juntos, nutridas ao um pelo outro. Sem isso, sente motor de mover a caixa para outro oriente. A solidão de um só torna o modelar na praia oco; as paredes, ocas; as cócegas sentidas na mão, provocadoras dum riso tímido e, sem mais outro, não, que é, para o sorveteiro, uma resoluta deserção.
*
"O primado da contemplação sobre a atividade baseia-se na convicção de que nenhum trabalho de mãos humanas igualar-se em beleza e verdade o cosmos físico, que revolve em torno de si mesmo, em imutável eternidade, sem qualquer interferência ou assistência externa, seja humana ou divina."
*
"Há um óleo suave que eles passam nas costas, e esquecem."


3.

Sentir uma bolacha do mar com a ponta do pé,

perdê-la. Sentir outra no mar com a ponta do pé,

capturá-la. Examiná-la.

O seu peso na mão perguntar, pela gente,

pelo que fazer

(...)

o arremesso é exagerado;

a mira,

distante; e a despedida,

assim como toda despedida,

insuficiente.

. .

ilustração pelo Antonio Yudi

INTERVENÇÃO

para USP Brema Dafa Vela


Como tocássemos um hit

clássico, quedávamos quietos,

quedos, crespos: Queve-

-do caía; e caiamos:

passamos a caçar-nos

(se os caçássemos

tocássemos clássicos

que hemos de compor).


Ah mas velho amigo Brema

penso em vc também.

. . .

BALANÇO


Era nas mais menores horas de amor, pendendo ao desencontro do momento, em que decretávamos estado absoluto de absurdo sobre um banco suspenso, e nos minutos, nos segundos prolongando-se conduzir um pêndulo contra o mesmo vento, à espera do dia em que a energia desorganiza-se o corpo, perdido, enfim, encosta — em todo o resto, nós — em cada enlace de cipós seculares a lembrá-los da separação que é inevitável e desconhecida, como aquele outro toque moldando-se para o passado: recriávamos termos querido entender tanto, o tanto carente de se inventar deixado por nem existir e a admitir sua limitação biográfica, biológica, pela vida ser pouca; se fosse muita, ainda haveria o que descobrir, senão no namoro, no absurdo em um banco, enquanto, penso ou suspenso sobre a aproximação em que hora, perguntava tempo, por que conta?

. . .

TRANSLAÇÃO


"Disco ainda cedo — mãe, é tão cedo —, porque tive um sonho premonitório. Caía e mergulhava raso no concreto fundo. Como quando a vida nos cresce de dentro para fora, tão inevitável e insuportável, ela revelou-se, de fora, no instante em que despertei. Parece que foi de agora — na notícia — a morte do menino com a cabeça molhada no concreto seco da calçada, da nossa casa, mãe: da nossa casa. Vazante assim do altíssimo andar em que se encontrava. Não, o sonho era consciente demais. Apenas no real fora do sonho cruzamos com a traição que pode ser inconsciente. Lembramos histórias, mas nos esquecemos, em um meio tempo de vida, do nascimento do mundo e que, desde um instante, se enxerta às coisas algumas palavras."

"Miguel — filho —, foi de repente na história do mundo que elas chegaram. As palavras surgiram numa caixa vazia e adesivada Sedex, de amarelo luzente linda a inscrição. Coagida por alguma intuição a assinar seu nome e confirmar o despachante, porque os patrões são de antes do mundo existir, a pessoa que a recebeu logo foi-se percebendo e percebendo o brilhante nas letras, se indignando com o estrangeirismo em Sedex e resolvendo com os seus que era melhor ser nacionalista para proteger a insipiente língua de descaracterizações. As palavras já eram reais demais, Miguel — filho —, assim um cônsul na região autodeclarou-se assim. Era preciso alguém reconhecer que a narrativa sucedida impediu o desenvolvimento autóctone da linguagem na tribo dos homens."

"Era preciso estar vivo, e eu morri, porque a inconsciência disparou da sacada e agora me faltam palavras: a nossa origem não basta."

Silêncio do outro lado da linha; não se ouvia exceto o choro da mulher. As culturas persistiam realizando todas as suas trocas os seus encantos, as suas transações econômicas e os casamentos. Casavam-se ainda algumas poucas pessoas apesar do sepultamento do amor. Algumas pedras amaram os cantos que cantaram as pedras, tinha feita em que esses dois casavam-se e encerravam para sempre o seu porvir em acordo. Havia ainda outras sortes de casamento e havia também jovens apaixonados que fodiam fudiam e sequer se casavam. Existiam também coisas que não pedras, como pontes, que passavam por debaixo de rios, e os rios todos do planeta entravam em comunhão para o engrandecimento dos mares, e as calotas polares. Aquela porção anímica ignorava tudo isso até o ponto do transbordamento de tudo.

"O Dilúvio, imagina? Mãe, naquele sangue do menino jorrando tudo era possível; assim como são notáveis as partículas que parecem constituir a elementaridade de toda matéria, mas que são impossíveis de serem organizadas retoricamente na explicação de por que vocês, mulheres, vão e se ferem."

. . .

SOBRE FÓSSEIS DE CIBORGUE


— Reivindicar para nós e os contemporâneos a condição de vítimas exclusivas do Apocalipse é ignorância de todo caminho humano como degredo ao Fim do Mundo, par conjugado à morte particular. Os Maias sabiam-no; aos ciganos, eslavos e judeus foi imposto esse saber; aos negros escravizados. É portanto que devemos construir ao invés de destruir, e não por postergar a Revelação. Fazemo-lo para garantirmos que os seus soldados tenham muito trabalho. Quem se dedicou a engenhar harmonias admite: são estados complexos de dinamismo capazes de acabar sem catarse. Aos soldados do próximo Apocalipse deixemos pouco trabalho. Passou o tempo em que precisávamos de bons poetas para fazer ruir o mundo; o mundo está roído. Que venham então até poetas tortos desde que o sejam honestos, honestos em sua tortura e não a tornem reflexo de uma reação desgastada, desgostosa. Aceitemos as rezas de velhos autores, tornemo-las mentiras exatas. Aceitemos as flores passadas apenas se as colhermos com a exatidão própria duma traição sincera. A verdade atual há de ser dura e gostosa como as transas que sonhamos com artistas hoje velhas. A poesia atual só haverá se soubermos reconhecer que toda diva velha é imagem de uma deusa eterna. Procedimentos estéticos, perseguimentos ascéticos: o Fim do Mundo não é o fim dos mundos. Em uma harmonia, a fins de conservação de energia, tudo está guardado, inclusive o saber que a encerra.
. . .

ENGENHO


O menino, devaneando com direção, pede

quase mas não um filme de superfície, isso é imagorragia.

Isso é, descarta a experiência formal

na qualidade de formação de impressões

e torna ao nada e torna embalagem

colunas de condições e anúncios virais

que alguém vê só porque busque encontrar

a casada carente e só, como ele,

ou um potencial epitáfio, para anotá-lo.


Epitáfios são apegos de puro desespero,

a gente morre e não pode mais tê-los

e a experiência ficou com os pombos,

com os plásticos, com as putas, os astros.

Sepultar é esperança dum juízo final

que vem antes ou depois de

consolidarmos o fim do mundo?


Não, o diretor... o diretor pede, na forma

a invenção dos segredos de um meio atingido (mesmo em sendo da sociedade inimigo); como em todo conflito está também sua resolução; como, no sonho de algum moinho, um dia há de encerrar a moenda, no verdadeiro sentido da imagem que busque as formas de contar

e assim deixando de fazer cinema,

senão como experimento,

e enfim sai de cena.


. . .

ilustração pelo Antonio Yudi

banquete absurdo


Tudo que a ambição

desleixa e a pretensão

agarra — amarra

três tomates num saco

e bata: até virar batata.


Transfigure a fruta,

transgênico mata

(Melhor ter três

Tubérculos que ouvir

Vanessa da Mata).

Felipinho me beija?

Felipinho me bata!

Uma forma inteira

boa bem sonhada


é carne rolê comida

lá na minha casa.

Ó Matinha escura,

ritrovai-me: é chata;

poesia dura 

com a aguinha acaba.

Eu não entendi nada —

eu não entendi nada!

do que a ambição desleixa

e a pretensão agarra.

. . .

#6 
Não basta dizer e=mc para converter matéria em energia, é necessário fornecer-lha. A conversa é, antes de tudo, um meio. E a relação é mais que um imenso roteiro: é uma forma de viver. É necessário fornecermo-nos vida.

retratotelepatético


de poliedros creio que ainda restarão
                                                          ângulos 
e serão ainda operários
                                     contem
se ainda são espectadores privilegiados

da imanência real contida no fato do juízo final


e os jovens
                 caminharão ainda dormentes
às aulas de intemperismo? 
                                          contem tudo
porque só há pretextos de agradecer


têm gratidão por tornarmo-no           
literal
sistemático                 
o que quis
por banalizarmo-no
por ser banalizado                 
sobretudo
pelo estragarmos o som truncado de seus versos

decorrentes da frustração de ser mau cantor

e ele ouvira tanto a Bossa Nova

por mostrarmos a bancas de dementadores
determinando o que fica                                         
o que vale                        
o que ensinam
que inspirados também são profanos 

se assim operários desencantados

quiserem ou forem obrigados


que o vestígio da soberania dos grandes leitores

é decorrente de sua megalomania provocada

no janeiro de agora nessa paisagem com esses ministros

e os verbetes de sinônimos revelados nos históricos

foram consciência do pós-modernismo e integração

por termos aos doutrinados que                         
naquele poema
foi porque namorava uma atriz italiana         
linda


e ela era tão linda
                              digam-lhes
que foi veado e mulherengo

que viveu a vida

admitindo verdades e buscando mentiras

tornem-no um impressionista
                                                 sim
provocador de impressionismos


mas não esqueçam
                                por favor
não esqueçam

da contradição fundamental

entre sonho de apagamento
                                           vigília de segredos guardados
modo de se considerar importante

. . . 

bossinha


A compreensão não anula o sentir

por detrás. O prefixo ficciona um fim:

querer só o croc da maçã crocante

é tão feitiço e alienação

quanto muito apraz tê-la

tão crocante. Tudo coexiste:

toda frase é simultânea.

. . .


APOLOGIA


Anita me fez lembrar de todo fenômeno ser mistificação, e de que todas as mulheres, fora algumas que conheço, e pouco, como a mim, são místicas — de outras italianas sobre quem, desconhecendo, escrevi; da artista que dorme mas que, tentando dormir, doeu-se e perguntou se valia continuar e, embora não a considere uma artista, como faça música além e aquém de paranoia, isso seja bom, correto, sabendo-se que a vida e os fenômenos culturais e as sociedades com mercado excedem aos planos mesquinhos da Arte; de formações de produto espontâneas que não vêm sempre duma síntese material, tem vez dela mesma, Anitta, sem ter razão exata sendo que procure uma, deitada, em todo comentário admirado ou odioso ao perfil dela endereçado; de, nesse país, razões exatas coincidindo por pressupostos divinos com prêmios milionários processos de impedimento personas pop e pinceladas, sem que para tudo haja um porquê e por isso continue a procurar, com tanto tédio, senão com empreendimento, um marxianamente justo capaz de resolver a marxistas, duma vez por todas, se funk origina de misticismo ou de luta social —
estrelas cadentes
brilham um instante
as mais das vezes
com a luz de escândalo
e somem-se logo
nas trevas do esquecimento
. . .

horror de nem


à hora rara

ora

não rato

passe por dentro do não

esgoto e nos negue

ai, ratinho, ratinho

nos nega, nega nega

. . .

ESPÓLIO DE FULVIA GUZZANTI


Não pude ir lá pedir dessa FG toda fala que soterra o seu fato. Jamais será ela orgânica, na impossibilidade de sê-lo: no guardar impressos em si, qual qualquer sigla, segredos de adjetivações que teremos sempre de inventar; se nos dizemos presos a mentira, e tão falsamente.

Não pôde a lápide dessa efígie resumir matéria em epitáfiosCumprirão a tarefa futuros vermes que esquecem de roer os nomes de alguns e vão criando tradição sobre duas letras certas de si, recém libertadas de tinta, massificadas e só prospecto duma relação fantasiada.

Em miloutros sentidos conforme o saber velado de que tudo revela e sente, se é ou não ficção, se compreende.

. . .

 #3 

Pois que o sinhor, sim o sinhor, o sinhor só levante a mão e dispare — Millenial! — acaso sentir-se muito seguro em não confessar o fracasso total de sua geração. Apenas não lhe acuso, que sinto exatamente isso sobre estes a que pertenço.


#4

Jornalismo dá tédio: para curar noites de indigestão, melhor ver o impedimento de Dilma Roussef, muito mais parecido com um filme triste. Disponível na plataforma que admiramos por nos fazer deitar de lado determinismos tecnológicos e reconhecer virtudes na rede, o filme fica terrivelmente trágico a partir das três horas, 43 minutos e 42 segundos, aliás, quando de fato começa. Insisto: jornalismo dá tédio, é literariamente que o documento deve ser visto apesar de não ser construção de nenhum gênio, chamando na ética e na política por uma inevitabilidade do que recentemente se descobriu ser a mentira do querer l'art pour l'art.


#5

De noite, a rua, vazia, e a jovem mascarada que se dirige a uma cúmplice e grita, ainda distante, para o ermo que as conecta:

– Estou mal, na medida do impossível.

RITMO DE PARTIDA


uma parada:

um farol de luz a iluminar

partir o som do m-

ar            
é preciso a luz ecoar no ar escuro 


sentado

tece a rede

traça o real sem prumo


sentindo

o vento esquecendo o vento

vento vento vento vento

o vento através da travessia

. . .

SEGREDO


Ambicionava novas formas de sentir e, portanto, reivindicava a criação duma nova gramática. Sonhava com outros alfabetos; desejava-se libertar de velhos temas virtuais. E tinha dinheiro: comprou um cachorro. Apesar de se não versar nas artes de psicologia canina,  descobriu outros latidos sintaxes exoterismos que não cabem em serem revelados para desconhecidos. Mas como, confesso, não comprou nem adotou cachorro, porque tampouco era homem de ambientalismos — não,  sonhou com um, porque era filho de tempo de simulacros e, com dinheiro, soube compreendê-los:

GUARDAR DINHEIRO SEMPRE


moral: O vizinho, deixando-se seduzir pela paternidade canina, colhe excretas até hoje.

. . .

#1 

Todo ato que realizo é pensado e projetado para ser lembrado pelo esquecimento de mim. É a sucessão deixada pro aprendiz nenhum dos meus feitos vazios. Mas toda escolha nossa consegue ignorar qualquer ideia de passado e futuro e, à sua vez, propõe-se ser migalha e fermento da Vida sem que se entenda a glória do poder ser esquecido. Por consciência disso, amo aos vermes todos, sei que vencerão sobre mim: realizo todo ato com ponderação e inocência, pretendendo a segurança de lhes ser assim digno de apagamento.


#2

A escrita dessa carta é já um ato cruelmente fatual buscando atolado o que me é redundante, o que é redundante a quem lê e redundante ao homem mesmo, a crença na ideia de que crer agrega valor, de que basta escolher para viver a vida, sem ser necessário antes sabê-la.

AS CIDADES MUDAM E OS CAMPOS SÃO ETERNOS

pra quem tem pensamento forte, o impossível é só questão de opinião
e disso os loucos sabem, só os loucos sabem


É necessário expurgar, talvez não para todo sempre, senão momentaneamente, a expressão na medida do possível, é preciso que todos os homens e mulheres tomem consciência dessa estupidez da língua. A felicidade de hoje é sempre desigual da de ontem. Conhecem eles alguém em qualquer época que viveu algo na medida do impossível? O realizado, qualquer que seja, enquanto coisa real, foi sempre o possível.

Podemos compreender, diante da realidade distinta, por que se sinta a necessidade de explicitar esse horror, insistindo na redundância existencial de estar na medida... Nem por compreendida deve ser aceita essa farsa, quando poderíamos, em vez, dizer: estou mal por este mundo de merda ou estou bem e o mundo? anda uma merda. Sem o mas anda uma merda  mas é outro vício da língua, aqui odiado especialmente, porque mesmo eu o emprego tanto. Mas nada, tudo e. É fútil dizer há mais de um genocídio em curso mas ainda assim consegui encontrar felicidade; é que as chacinas acontecem, a gente se detesta por elas e alguns de nós são felizes, nem por isso mais ou menos indiferentes ao que ocorre. Se eu fosse feliz, diria há muitos que apanham fisicamente, isso me entristece e eu sinto felicidade: não em razão de surras, por uma outra.

Enquanto que a expressão na medida do possível é duma estupidez (pois que escolher falar está tudo bem, em vez de outra afirmação, é um ato que conta mais sobre a própria decisão do que se abre para a verificação do decidido), mas é de um moralismo absurdo — e o pior: não significando, assim, que se é mais engajado pra com o que se opõe sintaticamente.

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