O menino, devaneando com direção, pede
quase mas não um filme de superfície, isso é imagorragia.
Isso é, descarta a experiência formal
na qualidade de formação de impressões
e torna ao nada e torna embalagem
colunas de condições e anúncios virais
que alguém vê só porque busque encontrar
a casada carente e só, como ele,
ou um potencial epitáfio, para anotá-lo.
Epitáfios são apegos de puro desespero,
a gente morre e não pode mais tê-los
e a experiência ficou com os pombos,
com os plásticos, com as putas, os astros.
Sepultar é esperança dum juízo final—
que vem antes ou depois de
consolidarmos o fim do mundo?
Não, o diretor... o diretor pede, na forma
a invenção dos segredos de um meio atingido (mesmo em sendo da sociedade inimigo); como em todo conflito está também sua resolução; como, no sonho de algum moinho, um dia há de encerrar a moenda, no verdadeiro sentido da imagem que busque as formas de contar
e assim deixando de fazer cinema,
senão como experimento,
e enfim sai de cena.
ilustração pelo Antonio Yudi
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