Subiram com balões.
Surgiram com drones de alcance
mais alto, ao maior mar,
menos com a não mais precisa
mas necessária
máquina de aprofundar ao como se dá
o descanso dos siris:
se, na morada em que se escondem,
trocam afetos,
se é fria (aproximam), se é escura
— se sentiríamos ali a mesma
melancolia devida ao mar
que sentimos por cima da areia,
obrigados a escutá-lo
sem afinação.
Nunca um siri retorna pelo mesmo buraco em que entrou fugindo de nós
ela diz,
e nem vemos se por outro qualquer.
Acha que a areia é a quitina
triturada pelos pés;
e não sossega na canga
diante de uma demolição
como essa.
Não adiantam retroescavadeiras.
Arrancado todo o conteúdo da orla
os pegaríamos de surpresa,
desmantelaríamos a forma,
para ficar com uns dois
três inválidos sem escapar:
sem reter seu segredo.
Então com a voz marejada
ressurgem, eu sinto, já por debaixo d'água
e eu lamento
pelo egoísmo
pela teimosia pela inconsciência
e detesto o som permanente.
2.
3.
Sentir uma bolacha do mar com a ponta do pé,
perdê-la. Sentir outra no mar com a ponta do pé,
capturá-la. Examiná-la.
O seu peso na mão perguntar, pela gente,
pelo que fazer
(...)
o arremesso é exagerado;
a mira,
distante; e a despedida,
assim como toda despedida,
. . .
ilustração pelo Antonio Yudi
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