FOGE DE MIM (tradução de Vete de mí)

 

Tu,

Que enches tudo de alegria e juventude

E enxergas vultos numa noite à contraluz

E ouves o canto perfumado do azul,

Foge de mim!

Não te detenhas a olhar

Os ramos mortos do rosal

Que se desmancham sem dar flor,

Olha a paisagem do amor

Que é razão de se sonhar e amar...


Eu,

Que tive armas contra toda a maldade,

Tenho as mãos já tão cansadas de lutar

Que nem consigo te agarrar:

Pobre de mim!

Serei em tua vida o melhor,

Só uma névoa de outrora,

Quando estiver a me esquecer,

Como é melhor o verso agora

Que não se pode reviver...

. . .


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