Não sei ser "eu" no WhatsApp. Sou no WhatsApp inevitavelmente uma estilização de "mim". A exterioridade da escrita: estou sempre "me" representando, respondendo como se eu fosse "eu", e isso é muito difícil, porra, não dá jeito, eu não tenho jeito – eu, sem aspas, sem dúvidas não tenho jeito.
Tudo que me resta é a afetação mais artificial possível de uma naturalidade (para que acreditem mesmo que nas mensagens "eu" sou eu) e três pontos que alinho num suspiro reticente (para sair logo, e breve, o quanto antes, de cena)...
E acabou o poema.
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