NIVELAMENTO


Certa noite não se puxará ar — para gastá-lo de novo.    

Um dia a música metida a deus — acaba como quem arfa o gozo:

no instante posterior à porta batida  às mãos postas sobre o rosto,

instante anterior ao eu te odeio — mas posterior à próstata    

    quando nos diz te amo — e cala o vazio de nenhum acorde.    


A briga eterna não saberia a eterna sobreposição;

nela entrescuto alguns momentos de silêncio,

e, nunca sob tensão, um silêncio

igual a todo silêncio

!

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