DECISÃO SOBRE OS ANOLIS


Chovia na Martinica

— chovia no poema

e isso não era expressão de qualquer estado do poeta.

Chovia; e tanto.

Era impossível da crítica negar a chuva.

Mas charcos tomaram a Martinica,

e isso desdenhou sobretudo o poeta.


            O curioso do poema 

            foi que a camaleoa, a contemplar o dilúvio

            intuindo seu iminente fim caribenho,

            não guardava qualquer relação

            com a crítica, com o lagarto

            ou com a leoa

            (e nem por isso deixa de ser bonito imaginar uma

            assim, deitada).

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